Instituto Datafolha e Instituto IPEC indicam Lula com 50% e 51% de votos válidos a um triz de levar no primeiro turno.
Na margem de erro ele teria entre 48% e 53%, ou seja, existe uma margem estatística indicando possibilidade de segundo turno. O que seria um desastre para democracia brasileira.
No IPEC Lula variou negativamente 1 ponto percentual, Bolsonaro subiu 3 pontos, Ciro despencou e agora pontua 5% empatado com Tebet.
Contra Lula pesam o índice de abstenção que historicamente é alta, de 20,33 %, 29.941.265 votos em 2018. Como existem fatores econômicos no votar, a contar pela necessidade de deslocamento, o que atinge mais os pobres – devido a necessidade de mudanças por trabalho ou alugueis – isso pode ser decisivo numa eleição apertada.
Terrorismo bolsonarista deve decidir a eleição
A favor do Presidente Lula há 60% de eleitores de Ciro e Tebet que admitem mudar o voto para definir a eleição já no primeiro turno. O efeito terror de Bolsonaro deve levar muitas pessoas a pesarem as consequências de um “Outubro de Sangue” e nessa balança a tendência é haver um movimento de “basta” em forma de voto útil pró-Lula.
Não só no IPEC e Datafolha, mas também a Genial Quaest, IPESPE e outros institutos captaram já um movimento de voto útil pró-Bolsonaro oriundos de Ciro e votos brancos e nulos que passaram a indicar voto no atual presidente.
Ciro atacou tanto Lula que converteu seus eleitores em voto útil Bolsonarista
A pesquisa IPESPE publicada ontem, na véspera da votação nacional, corrobora com outros levantamentos num movimento de derretimento da candidatura Ciro Gomes. Ao contrário do que se pensava, os primeiros a abandonar o barco em direção a um dos dois polos foram os que tinham como segunda preferência o atual mandatário da república.
O tiro do capitão pode sair pela culatra e Bolsonaro pode ter seu fim abreviado por sua política de terror e ameaças à democracia e incentivo a ações violentas.
A favor do Presidente Lula há 60% de eleitores de Ciro e Tebet que admitem mudar o voto para definir a eleição já no primeiro turno. O efeito terror de Bolsonaro deve levar muitas pessoas a pesarem as consequências de um “Outubro de Sangue” e nessa balança a tendência é haver um movimento de “basta” em forma de voto útil pró-Lula.
Não bastasse as constantes brigas e ameaças birrentas feitas por Bolsonaro ao longo de todo o seu mandato, o processo eleitoral fez surgir seus “lobos [não tão] solitários” para vingar com sangue e violência o Capitão.
O liberais conservadores agridem mulheres tal qual o presidente, mas é evidente se o exemplo que vem de cima em forma verborrágica aqui nas ruas passa-se à ação. Dos alvos em clubes de tiro com fotos de Lula aos tiros a matar pais de famílias do sul do centro-oeste e nordeste.
É possível que o cansaço desse clima de terror faça parte do eleitorado de Ciro e Tebet resolver pôr um fim imediato aos riscos bolsonaro: da destruição da democracia à política da morte.
Por um triz! Principais institutos de Pesquisas indicam Lula quase lá
Instituto Datafolha e Instituto IPEC indicam Lula com 50% e 51% de votos válidos a um triz de levar no primeiro turno.
A pesquisa IPESPE publicada ontem, na véspera da votação nacional, corrobora com outros levantamentos num movimento de derretimento da candidatura Ciro Gomes. Ao contrário do que se pensava, os primeiros a abandonar o barco em direção a um dos dois polos foram os que tinham como segunda preferência o atual mandatário da república.
A pesquisa IPESPE publicada ontem, na véspera da votação nacional, corrobora com outros levantamentos num movimento de derretimento da candidatura Ciro Gomes. Ao contrário do que se pensava, os primeiros a abandonar o barco em direção a um dos dois polos foram os que tinham como segunda preferência o atual mandatário da república.
IPESPE 01/10/2022
Indicação dos votos gerais para verificarmos a flutuação dos candidatos. Em votos válidos o IPESPE indica 49% de votos em Lula, com possível vitória em primeiro turno dentro da margem de erro.
Pesquisa Atlas e IPECs Estaduais publicadas ontem, sexta-feira 30/09/2022, captam o movimento de voto útil e indicam que eleição deve ser definida no domingo com vitória de Luiz Inácio Lula da Silva do Partido dos Trabalhadores.
Inicialmente vamos ao movimento quantificado pelo Instituto Atlas, um dos mais conceituados institutos estadunidenses. Nos USA o Atlas foi o que mais acertou na última eleição americana e aqui no Brasil foi o mais preciso na eleição municipal de São Paulo em 2020.
Conforme já explicamos em outras matérias esse instituto trabalha com uma metodologia de formulários respondidos pela internet, o que elimina qualquer indução por parte do mediador.
O ponto positivo é o de conseguir abranger eleitores que têm dificuldade em atender telefones. – abordagens da maioria dos institutos de pesquisa. Todavia, a metodologia da Atlas, aparentemente, excluí mais eleitores mais velhos e pobres que estão fora do mundo digital.
Essa observação é importante porque o Presidente Lula, candidato do PT, tem uma vantagem substancial nessa faixa populacional, o que nos leva a crer que esta pesquisa deve subestimar a votação no petista nesse segmento.
De tal forma entendemos que os números da Atlas devem apresentar deformações que levam a dois movimentos: a subestimação dos votos lulistas e uma superestimação dos votos bolsonaristas. – assim tem sido desde o início das rodadas de pesquisas, onde sempre na Pesquisa Atlas os números são mais desfavoráveis a Lula e mais favoráveis a Bolsonaro.
Embora o resultado esteja apertado para acabar no primeiro turno, entendemos que a metodologia da pesquisa é incapaz de medir com clareza a camada mais baixa da população. Isso prejudica Lula em alguns pontos percentuais, conforme projetamos.
Outro fator que favorece o aumento da votação em Bolsonaro é a calibragem da pesquisa, ou seja, para Atlas há no Brasil 35% dos eleitores que ganham até 2 salários mínimos enquanto para o IPEC são 57%. Consequentemente os levantamentos sofrem alterações de acordo com a distribuição proporcional socioeconômica, o faz os números variarem de acordo com o instituto.
O importante nessa pesquisa, para além dos números alcançados, é o retrato do movimento de voto útil desnutrindo Ciro e Tebet e engordando Lula enquanto Bolsonaro cai.
Abaixo vemos as duas últimas pesquisas Atlas, divulgadas pela CNN e Estado de Minas respectivamente.
Na Atlas vemos Bolsonaro caindo 1,1 ponto percentual, e Lula subindo 1 ponto, atingindo 49,3% dos votos totais e 50,7% dos votos válidos.
Porém, nossa afirmação de que hoje é a véspera do fim para Bolsonaro não vem só destes números da Atlas, pois somente com eles seria recomendável cautela. Contudo, saíram números bombásticos ontem dos IPECs Estaduais.
IPEC AMAPÁ
IPEC Amazonas
IPEC Rondônia
IPEC Tocantins
Nos estados da Região Norte que tiveram publicações do IPEC ontem, Lula cresce 1 ponto percentual no Amapá, 2 pontos percentuais no Amazonas, 9 em Rondônia e 5 no Tocantins.
A região é a que comporta os estados menos populosos do Brasil, o que faz com que o peso de seus colégios eleitorais mexam pouco na balança nacional. No entanto, com uma eleição apertada para se decidir no primeiro turno convém pesarmos tal movimentação. Esses estados, Amapá, Rondônia, Amazonas e Tocantins representam em torno de 3,2% do eleitorado brasileiro.
A variação no Amapá favorável a Lula vamos desconsiderar, não só por estar dentro da margem de erro, mas pelo fato de que a população desse estado é quase insignificante estatisticamente dentro dos números gerais de eleitores brasileiros.
Já a variação de 9 pontos percentuais em Rondônia representa um acréscimo percentual nacional por volta de 0,07 ponto percentual favorável a Lula, enquanto o ganho no Amazonas representa um acréscimo de 0,02 e o aumento de 5 pontos no Tocantins acresce 0,02. Totalizando um ganho próximo de 0,11 ponto percentual, ou 1/10 de 1% dos votos. Neste recorte da região norte Lula cresceu em torno de 3 pontos percentuais.
Evidentemente que se dependesse somente dessa elevação observada na região norte também não poderíamos afirmar que hoje será a véspera do fim para Bolsonaro, mas é aqui que entra o terror bolsonarista, o nordeste brasileiro.
IPEC Alagoas
IPEC Pernambuco
IPEC Sergipe
Não bastasse a lavada dada por Lula em Bolsonaro, as pesquisas do IPEC nos estados apresentam estabilidade do petista em Pernambuco em 64%, no Sergipe um crescimento de 60% para 62% e em Alagoas uma elevação de quatro pontos percentuais atingindo 58% – todos números de votos válidos.
A elevação em Sergipe acresce nos números gerais por volta de 0,02 pontos percentuais enquanto a elevação em Alagoas representa um acréscimo de 0,06. Ou seja, num universo de votos que representa por volta de 7,2% dos eleitores brasileiros houve um crescimento de Lula acima de 1,1 ponto percentual neste recorte do nordeste.
Na região norte, mais que o ganho de eleitores, o que extraímos é o movimento pró voto útil em Lula, enquanto Bolsonaro apresenta viés de queda na caindo 10 pontos percentuais em Rondônia, 1 ponto em Tocantins e no Amapá, e 2 pontos no Amazonas.
Na região nordeste, Lula mantém os índices altos e continua a crescer, vendo Bolsonaro caindo 4 pontos em Sergipe e 3 em Alagoas, e variando 1 ponto percentual positivamente em Pernambuco.
A esperança de Bolsonaro é o Sul, Sudeste e Centro-Oeste
IPEC Rio Grande do Sul
Vemos Lula estável no Sul do Brasil, a partir destas amostras do IPEC de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Todavia, nesses estados o movimento de voto útil parece beneficiar o Presidente Bolsonaro que subiu de 37% para 40% no Rio Grande do Sul e de 49% para 54% em Santa Catarina. O movimento que observamos na região sul é o de indecisos/brancos e nulos passando a optar por Bolsonaro, o que eleva os votos válidos.
IPEC Santa Catarina
De olho nas Pesquisas IPEC de hoje para os estados da Região Sudeste e Centro-Oeste
Caso Lula se mantenha estável nessas regiões provavelmente ganhará entre de 1 e 2 pontos percentuais nos números gerais, fruto de seu crescimento no nordeste. Já o crescimento de Lula no norte está sendo compensado pelo crescimento de Bolsonaro no Sul – o que deve elevar o percentual final de votos no atual presidente.
Agora a tensão se dá para divulgação não só do IPEC nacional mas também das pesquisas estaduais dos demais estados. Se a confirmação de viés de alta se efetivar no nordeste, onde Lula cresce sobre o eleitorado de Ciro Gomes, pode significar a conquista da gordura que falta ao petista, o qual deve sofrer mais com a abstenção maior entre seu eleitorado.
Marcio Pheper Redaç@o
Jornalismo, análise crítica, cultura, arte e humor.