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Golpe de 07 de setembro: Brochada ou meia bomba?
Vamos usar o vocabulário bolsonariasta nesta análise política quanto aos desdobramentos das manifestações antidemocráticas realizadas neste feriado que comemora 199 anos da Independência política do Brasil.
Bolsonaro gosta de dizer que vive um namoro hetero com seus apoiadores machos. Tendo em vista que 80% dos apoiadores do presidente são “machos”, então faremos uma DR (discussão de relação) quanto as promessas entre os amantes que prometiam um apoteótico e caliente 07 de Setembro.
As Preliminares
Foram dois meses de anúncios e promessas. Preparações envolvendo patrocínios de padrinhos de todo o país. Dinheiro sendo encontrado em espécie com Prefeitos de Cidadezinhas que enviaram caravanas da terceira idade e de interioranos para fazerem agroturismo em Brasilía; mobilização de familiares de militares empregados na máquina Federal em todos os cantos da república; grileiros de terra, contrabandistas de madeira e minério, e milicianos. Todos convocados a patrocinar procissões à capital federal para o o dia da LIBERTAÇÃO bolsonarista.
Se prometeu fechar o congresso, caçar ministros ou mesmo matá-los, colocar tanques nas ruas e transformar Bolsonaro no Macho Maior do Brasil, o Imperador, o representante dos legítimos e puros brasileiros.
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Muitos dos que lá foram, em Brasília, esperavam somente as ordens do noivo para que começasse o orgasmo delirante fascista: a destruição da república, a captura e assassinato de magistrados, cientistas e quaisquer um que ousassem questionar o Mito.
Nas capitais centralizaram exércitos de capiais brancos e neo-capitães do mato, todos unidos aos que colocaram seus tratores nos acostamentos de algumas rodovias do Sul – sobretudo das províncias do Paraná e Santa Catarina, sempre as mais fiéis ao fascismo.
A nação se ergueu e estava preparada para a Guerra Sacro-miliciana. Milhares de tropas foram encaminhadas diretamente da Igreja que não é de Graça, da Igreja Mundial do Poder do Vai-dormir e todas as brigadas da Assembleia do Mal lá faz…
Meia Bomba?
No universo masculino há uma tentativa de saída honrosa diante da Brochada: trata-se da utilização do argumento da “Meia Bomba”. As vezes, no mundo Macho, quando a coisa aperta, o macho, ao criar muitas expectativas a si mesmo e a sua parceira, fracassa. A coisa simplesmente “não rola”, o macho não dá conta de se garantir.
É o medo! É quando se depara fantasia com realidade, discurso e ação, promessa e atitude. Mas o expediente utilizado nestes casos é o de transformar pela narrativa a “brochada” em “Meia Bomba”. O macho sabe que brochou, mas não admite, diz que foi uma “Meia Bomba”. Bolsonaro é esse típico macho e jamais admitirá que o é. Prometeu o gozo alucinado golpista às pessoas simples, às mal formadas e às de má índole e não propiciou o Climax. Não houve Golpe. Bolsonaro enrolou e tentou manter o clima de Preliminar, no padrão normal de quem brocha. Não chegou no clima e não foi para cima por falta de coragem.
Bolsonaro Brochou
Se ele queria dar o Golpe, e ele quer, se seu rebanho queria, e eles querem o golpe, por quê Bolsonaro não deu o Golpe? Porque ele não “deu conta do recado”, brochou, teve medo.
No vocabulário machista popular, o qual o Presidente domina, Bolsonaro “não foi homem” para dar o Golpe.
Resta a pergunta: essa extrema-direita que tenta encontrar seu Hitler sulamericano continuará a apostar todas as suas fichas em um namorado Brocha? Quando Bolsonaro tentar outro encontro, e prometer o Orgasmo Sangrento golpista, será que as noivas da Roça e as Masoquistas da Cidade se prepararão novamente para o grande dia?
Bolsnora vai mentir sobre o Tamanho da Coisa
Bolsonaro e seus militantes inflacionarão o número de participantes nestes Atos tal qual o macho que mente sobre o tamanho do falo, de tal modo que se apegará junto ao rebanho à ideia de que não foi brochada, foi um bela “Meia Bomba”.
Bolsonaro o Brochável
Cada Dia Tem Menos Namorados
Em que pese a paixão de tanta gente por um homem que cognitivamente parece não atrair um ser racional, faz-se necessário compartilhar os pensamentos de Reinaldo Azevedo “…é um milagre saber que mais de 10 pessoas ainda se reúnem para ouvir o Bolsonaro.” – O É da Coisa 07/09/2021.
De modo que surpreende como Bolsonaro consegue ainda atrair tantos apaixonados. Mas as pesquisas e as ruas não perdoam: Bolsonaro vem derretendo e nem com toda a máquina pública e poder nas mãos conseguiu atingir a quantidade de manifestantes que imaginava e nem despertou a violência revolucionária que esperava de suas bases mais intestinais.
Em São Paulo com todo o apoio financeiro de grupos bolsonaristas conseguiram reunir por volta de 114.000 manifestantes, enquanto esperavam ao menos encher toda a Av. Paulista o que necessitaria de 500.000 pessoas.
No Rio de janeiro uma manifestação significativa que contou com a ilustre presença de Fabrício Queiroz, operador de Peculato da família Bolsonaro. Queiroz foi recebido como celebridade pelos seguidores do Capitão.
Já em Brasília, conforme apontamos, houve a centralização na destinação de rebanhos bolsonaristas subsidiados com diárias e muita mortadela em ônibus gratuitos financiados sabe-se lá por quem – na verdade sabemos por quem.
Brasil, 07 de setembro 2021.
Marcio Pheper
CN Redaç@o
Veja como foram as preparações para o ambicionado Golpe dos Grupos Bolsonaristas no Facebook
O GOLPE DE 07 DE SETEMBRO: BOLSONARO aposta NOS QUE AMAM HOMENS DE COTURNO
BOLSONARISMO E A SEXUALIDADE DO MACHO
Crônica Nacional
Brasil, 29/08/2021
BOLSONARISMO SEGUE UMA LÓGICA NEGATIVA
Não existe lógica para o Bolsonarismo, até a matemática passa a ser colocada como opinião.
O problema é que o Presidente não respeita seu mundo da imaginação.
O Presidente teima em invadir a realidade com seus devaneios sangrentos da saudade de guerras que nunca lutou.
Carrega consigo, entre seus seguidores, uns adolescentes de 30, 40, 50 anos que buscam transcender os games e viver a violência para além do virtual.
Eles querem matar.
Para essa classe média cegada pelo ódio a vida só faz sentido diante de um inimigo que os permita realizar o sonho de matar de verdade, torturar de verdade, provocar dor de verdade.
Diante da falta de argumento, a civilidade democrática lhes impõe como regra a lógica, e como racionalmente padecem de maturidade, guardam rancor das derrotas cognitivas.
No Estado de Guerra, no Golpe, apresenta-se a possibilidade de ser assassino e torturador com causa.
Não pensemos que os milicianos Talibãs ou do Estado Islâmico não forjaram sua própria moral para se perdoarem de seus sadismos.
O número de justificativas para alguém ainda apoiar Bolsonaro cada vez se restringe mais.
Além dessa adolescência tardia e inflamada virtualmente que caracteriza civis ávidos por sangue, poderíamos ainda apontar que há sim aqueles que se mantém no curral bolsonarista por profunda ignorância.
Sim. Como todo movimento de massa há lá o #gado semianalfabetizado, ou semiformado como prefeririam os frankfurtianos.
Sim, há aqueles que reconhecem-se no Presidente. Uma espécie de afinidade na falta de caráter e na incapacidade de acessar o pensamento complexo. Eis aqui o primeiro traço de fetiche narcisista, pois o bolsonarista pensa igual ao Bolsonaro, desde as suas conclusões primatas até sua ética de utilitarismo barateado e conveniente, e ao elevar seu líder a qualidade de ¨Mito¨ faz-se o espelho de Narciso onde o bolsonarista ama Bolsonaro por Bolsonaro ser o herói que dá reverberação exponencial ao que o bolsonarista ¨pensava¨ mas não conseguia verbalizar e ter ¨força¨ para defender.
E como diz Caetano “Narciso acha feio tudo o que não é Espelho”, por contra posição há uma erotização do “eu” que tem seus orgasmos ao ver-se refletido no poder.
Antes, dentro das regras do jogo democrático, o bolsonarista era humilhado nas academias e nos espaços públicos de poder, uma vez que sofrem diante da lógica e do contraditório.
Agora, endeusados por si mesmos na figura do ignorante (machão) que toma o poder e que cala à força aqueles que antes lhes humilhavam, eis os cientístas, os artistas, os ambientalistas, e de todos que pertencem ao mundo da civilização, onde o complexo e o contraditório se impõem.
Agora o simples. A lacração. A frase curta de efeito.
O bullyng. O machismo. A misogenia. A homofobia.
Estas são saídas mais fáceis que a complexidade de entender o outro e amar algo que não seja a si mesmo.
Mas ainda há o fator de que Bolsonaristas sentem tesão por homens de coturno
O que aglutina ainda a maioria dos que apoiam Bolsonaro é o tesão por homens de coturno, de fala seca, rasos em suas respostas.
Sim, temos milhões de pessoas mal resolvidas sexualmente, necessitadas de uma repressão rigorosa para que não saiam do armário.
Muitos desses traumatizados com pais ausentes ou mesmo pela falta da figura paterna na infância (Freud), os quais se melam ao pensar em milhares de homens armados obedecendo, batendo e humilhando.
São crianças mimadas na infância que foram criadas sem limites que hoje bradam pela disciplina que nunca tiveram.
Alunos dos mais incapazes, aprovados por conselhos, e indisciplinados que agora fazem coro clamando por disciplina e meritocracia. Coisa que se fosse colocada em prática excluiríam estes a prióri.
Essas pessoas ficam cegas diante do erotismo que Bolsonaro os possibilita.
São sádicos que adoram projetar-se como rambos.
Uma machaiada com um desejo de submissão tão grande que se curvam a pastores “vendilhões do templo”.
Todos eles estão correndo às lojas para comprarem suas fardas.
Provavelmente sonharão com medalhas de guerra e outras indumentárias que lhes satisfaçam o desejo erótico de se fantasiarem com jóias e adornos.
Satisfazem-se em seus desejos machos de se fantasiarem de machões acima de qualquer suspeita, SQN.
Heren Low
Redaç@o